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Ao longo do ano, o território Mondego-Bussaco encanta pela sua beleza natural, riqueza cultural e autenticidade. Contudo, é na Primavera que tudo se intensifica, como se a própria estação tivesse o dom de realçar o que já é belo e o tempo abrandasse para contemplar a sua própria obra.

O verde das paisagens e o azul das águas, cores que definem a região, irradiam com maior energia, convidando a despertar os sentidos. Nesta estação, os trilhos ganham uma nova vida, os aromas da terra tornam-se mais presentes e o olhar encontra brilho em cada canto e recanto.

É tempo de explorar, com calma e curiosidade, um território onde natureza, história e a tradição se encontram.

Neste artigo, partilhamos seis experiências que tornam a Primavera em Mondego-Bussaco verdadeiramente inesquecível.

Parque Urbano das Nogueiras, Mortágua

Situado no coração da vila de Mortágua, o Parque Urbano das Nogueiras é o refúgio perfeito para miúdos e graúdos. Com extensos relvados, trilhos pedonais, áreas de recreio infantil e convidativos bancos de jardim, este espaço de lazer promove a partilha e um contacto pleno com a natureza.

Mas, a diversão não termina aqui. A partir deste refúgio verde, segue-se um percurso ribeirinho com 2,3 km de extensão que liga o Parque Urbano das Nogueiras ao Parque Verde da Ponte, uma forma ativa e relaxante de explorar a paisagem local.

Num dia de puro encanto primaveril, vale a pena fazer uma pausa e desfrutar das mesas de piquenique espalhadas pelo parque.

Mata Nacional do Bussaco, Mealhada

Classificada como monumento nacional desde 2018, a Mata Nacional do Bussaco guarda um património natural e cultural único. Os seus 105 hectares foram, em tempos, refúgio para monges e reis, mas também palco para a bravura das tropas anglo-lusas na luta contra as invasões napoleónicas.

Ao longo dos séculos, a Mata acolheu espécies oriundas de diversas partes do mundo, criando um ecossistema singular. São 250 as espécies de árvores e arbustos que a habitam e fazem dela um verdadeiro santuário da botânica. Contabilizam-se, ainda, mais de centena e meia de espécies de vertebrados, um exemplo vivo da harmonia e resiliência do território.

Caminhar pela Mata é atravessar o globo, sem sair de Portugal.

O seu conjunto monumental é vasto e também merecedor da sua atenção, este destaca a presença do Palace Hotel do Bussaco, do Convento de Santa Cruz, da Via Sacra (3km), do Museu Militar do Bussaco, entre outras tantas capelas, fontes, cruzeiros e miradouros.

Praia Fluvial do Vimieiro, Penacova

A Praia Fluvial do Vimeiro, marcado pela presença de águas cristalinas e um núcleo rural de xisto, esconde-se perto do ponto de encontro entre o Alva e o Mondego.

A vegetação exuberante, as pequenas quedas de água e a tranquilidade idílica do local são um convite para quem procura fugir da agitação. O ambiente convida a estender a toalha, mergulhar e desfrutar de um lanche entre amigos ou almoço de família.

O antigo moinho de água e a roda de rio ainda funcionam, são testemunhos vivos de um modo de vida que resiste discreto, mas presente. Para os amantes de história, tradições e autenticidade, este é um pequeno tesouro.

Distinguida em 2023 pela revista Guia das Praias Fluviais como “Praia Fluvial do Ano”, a Praia do Vimeiro é de bandeira azul e está preparada para receber todo o tipo de visitantes.

Moinho de Sula, Mortágua

O Moinho de Sula serviu como posto de comando do General Robert Craufurd, responsável pelas forças anglo-lusas posicionadas no flanco norte da serra, durante a Batalha do Bussaco.

A sua localização privilegiada permitia-lhe observar parte das movimentações das tropas inimigas, bem como vales circundantes e acessos. Nas imediações do moinho encontram-se os chamados Penedos de Craufurd, afloramentos rochosos de onde o General analisado as manobras do inimigo.

Segundo a tradição, foi neste local que, ao ordenar o ataque às forças francesas, Craufurd pronunciou a célebre frase: “Agora, 52, vinguemos o nosso General Moore” – uma referência emocionada ao comandante britânico caído em combate na Corunha, também às mãos dos franceses.

Ainda hoje, as memórias dos tempos de batalha parecem ecoar por estas bandas. Na primavera, a vegetação em flor transforma a paisagem, trazendo diferentes cores e tonalidades a cenário histórico.

Caves e Vinhas, Mealhada

Na primavera, as vinhas acordam lentamente do silêncio do inverno. Os ramos, antes adormecidos, vestem-se de folhas verde-claras e os primeiros cachos surgem cheios de promessas.

No coração da Bairrada, na Mealhada, os vinhos e espumantes fazem parte da identidade local e marcam presença assídua nas mesas dos restaurantes. Dos tintos encorpados aos brancos frescos, cada garrafa conta uma história do solo, do clima e das mãos que o trabalham. Já os espumantes, com a sua elegância e acidez vibrante, são companheiros perfeitos para brindar aos pequenos e grandes momentos da vida.

Para quem deseja desvendar este universo, as opções são variadas: visitas guiadas às caves, provas comentadas e passeios tranquilos entre as vinhas.

A primavera é, sem dúvida, uma das melhores alturas para conhecer, e saborear, uma das “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada”.

Museu do Moinho Vitorino Nemésio, Penacova

O Museu do Moinho Vitorino Nemésio, localizado na Portela de Oliveira, oferece uma viagem sensorial e emotiva pela história dos moinhos de vento e água do concelho.

O edifício onde se encontra sediado, casa de férias do Eng.º Arantes de Oliveira, sofreu obras de remodelação que permitiram reunir um vasto espólio ligado à temática e, assim, partilhá-lo num espaço de homenagem e aprendizagem.

O nome Vitorino Nemésio dá alma a este lugar. Escritor e presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Moinhos, foi proprietário de três moinhos e de uma mata no concelho. A paisagem moldou-lhe o pensamento e inspirou-lhe a escrita, tornando-se parte da sua identidade criativa. Um dos seus moinhos, situado na Portela de Oliveira, foi doado à autarquia em 1980, perpetuando a sua ligação a este território.

A visita ao museu prolonga-se por um trilho pedonal que atravessa a paisagem envolvente. Os moinhos, embora já sem o movimento de outrora, continuam a ser o ponto alto da visita.

Nota para os mais sensíveis à estação:

Como bem se sabe, a estação não se inibe de cores, nem alergias.  Se os olhos lacrimejarem ou o nariz decidir participar demasiado na visita, não se preocupe…

É só a natureza a se manifesta-se com entusiasmo. Um anti-histamínico na mochila será tão útil, quanto uma garrafa de água.

Sem pressas, dê tempo ao território para se apresentar.  

Experiências Mondego-Bussaco

3 menus de tentações para se aventurarem em cada concelho.

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