A imponência da Serra do Bussaco e a serenidade do rio Mondego desenharam uma paisagem de contrastes, onde a história, a natureza e a gastronomia se entrelaçam de forma única. Mas, Mondego-Bussaco revela-se um território de surpresas que vão muito além das paisagens deslumbrantes. Nas entrelinhas de cada cantos e recanto repousam escondidos segredos e maravilhas que escapam até aos olhares mais atentos.
Hoje desvendam-se dez curiosidades que tornam este destino ainda mais inesquecível.
1. Onde fica Mondego-Bussaco
Mondego-Bussaco encontra-se situado na Região Centro de Portugal, sendo composto por 3 território concelhios- Mealhada, Mortágua e Penacova.
2. Um território de verde e azul
Mealhada, Mortágua e Penacova moldaram-se à imagem de dois principais recursos, a serra do Bussaco e o rio Mondego, elementos paisagísticos que conferem a estes territórios um semblante cromático fascinante que varia entre o verde e azul.
(Estas foram fáceis, estamos apenas a aquecer!)
3. 215 anos da Batalha do Bussaco
No dia 27 de setembro de 2025 assinala-se o 215º aniversário da Batalha do Bussaco, confronto militar travado durante a Terceira Invasão Francesa, na Serra do Bussaco, que opôs as tropas francesas às tropas anglo-lusas. Mealhada, Mortágua e Penacova foram palco deste importante evento, de onde guardaram um vasto património militar exibido nos seus museus e centros interpretativos, atualmente disponíveis para visita. Além disso, a tríade junta-se anualmente num evento comemorativo que visa reviver a memória deste marco histórico e a perpetuar o legado das gentes que o testemunharam.
4. Bussaco ou Buçaco
Ambos os termos são corretos, contudo são usados com finalidades diferentes.
“Bussaco” apresenta-se como uma forma tradicional, e antiga, da língua portuguesa de escrever esta mesma localidade. O topónimo é comummente usado no contexto cultural da região, com o objetivo de valorização e promoção do património. Daí esta forma de escrita ser encontrada em pontos turísticos e informação histórica da região.
“Buçaco”, por outro lado, surgiu a partir de uma adaptação da ortografia portuguesa, onde se substituiu o uso dos “ss” pelo “ç”, representando a forma de escrita mais atual. Ainda assim, importa referir que muitos historiadores acreditam que o grafema “ç” seja a evolução ortográfica mais correta e fiel ao passado, na medida em o “z” era usado no século X para escrever “Monte Buzaco”.
5. A água engarrafada Luso é a mesma que é usada nas Termas?
A Água Mineral Natural de Luso é um recurso que tem a sua origem na chuva que é infiltrada na Serra do Bussaco. Após esta infiltração, a água percorre um circuito, estimando-se que atinja mais de 500 metros de profundidade, o que provoca o seu aquecimento.
Inicialmente, toda a água mineral era captada da Fonte Termal de Luso, servindo tanto para termalismo como para o engarrafamento. A criação de um furo de captação permitiu destinar exclusivamente a Fonte Termal ao termalismo.
6. Pretende casar em 2025? A Fonte São João pode dar uma ajuda!
A Fonte de São João, também conhecida como a fonte das Onze Bicas, é uma paragem obrigatória aquando da visita à vila de Luso.
Diz-se, por aí, que quem beber da terceira bica, casa no Luso. Será verdade ou mito?
Outra curiosidade interessante sobre este ponto é que a sua água é oriunda de uma nascente de origem superficial, sendo assim tratada como as restantes águas da torneira, que em nada estão relacionadas com a Água Mineral Natural de Luso engarrafada.
7. Sabia que os palitos são de Lorvão?
Tudo começou no Mosteiro de Lorvão, quando as monjas decidiram decorar os seus doces conventuais com palitos.
Com o passar dos anos, este segredo escapou das paredes do mosteiro e espalhou-se pela região, transformando-a no berço da indústria dos palitos em Portugal. Além de segurarem doces e servirem como “fio dental” improvisado, estes utensílios foram também usados para criar miniaturas de madeira que retratam elementos culturais.
Hoje, no Centro Interpretativo do Palito, é possível viajar no tempo e conhecer um pouco desta história.
(Por esta não esperava!)
8. A Praia do Vimieiro foi eleita “Praia Fluvial do Ano”
Eleita em 2023, pela revista Guia das Praias Fluviais, como a “Praia Fluvial do Ano”, a Praia Fluvial do Vimeiro, de bandeira azul e acessível a todos, contempla um conjunto de equipamentos e infraestruturas que complementam o espaço natural e estão preparadas para bem receber, como um bar/restaurante de apoio e alojamento local.
9. Em Mortágua, existe a única escola de cães-guia em Portugal
A ABAADV – Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual- dedica-se a treinar cães que se tornam os “olhos” de quem mais precisa, oferecendo autonomia, segurança e independência a pessoas com deficiência visual.
10. Lampantana não é Chanfana!
Originária do concelho de Mortágua, a Lampantana é confecionada com carne de ovelha, assada em caçoila de barro, num forno de lenha, e servida com batata “fardada” (cozida com casca) e grelos a acompanhar.
Uns dizem que surgiu aquando das Invasões Francesas, outros afirmam que foi inventada como forma de distinção da Chafana, que se faz a partir de carne de cabra, mas, o que é certo é que se tornou num prato festivo e tipicamente mortaguense.
Caro leitor, agora que já teve oportunidade de guardar estas curiosidades na bagagem, só falta mesmo partir à descoberta e deixar-se surpreender.
E lembre-se….