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A chuva não pede desculpa ou com licença, cai à sua vontade e belo prazer, trazendo consigo uma humidade refrescante e, por vezes, um vento arrepiante.

É um convite ao recolhimento e contemplação, a desculpa perfeita para se refugiar no conforto do lar, envolvido no calor da lareira e no desfolhar de um bom livro. Um plano seguro, que nunca desilude, mas que, após alguns dias, desperta curiosidade sobre ares envolventes, debruçando o olhar na tela fresca pendurada na janela.

Será que um dia chuvoso precisa de ser tão cinzento quanto a sua cor?

Compreender a sua beleza implica escutar a melodia das gotas, inspirar o cheiro da terra molhada, sonhar através do verde vivo folhas e saltar nas poças que ser formam no chão. Trata-se de ultrapassar o óbvio e procurar um olhar leve e criativo para disfrutar do tempo, mesmo quando o cenário ideal não é aquele que está à nossa frente.

Já dizia um velho ditado: “A vida não é esperar que a tempestade passe, mas sim aprender a dançar no meio da chuva.”

Assim sendo, preparem-se as galochas, os casacos impermeáveis e os guarda-chuvas, seguem-se três experiências únicas que comprovam que os dias de chuva podem ser tudo, menos monótonos.

Mosteiro de Lorvão e Centro Interpretativo de Arte Sacra, Penacova

Há quem diga que o Mosteiro de Lorvão recua ao ano de 561, mas a herança escrita encontrada fixa a sua fundação entre os séculos IX e X. Serviu de escudo durante os assaltos muçulmanos e, séculos mais tarde, recolheu monges beneditinos, guardando um extenso cartulário distinguido como “Memória do Mundo pela Unesco”.

Em 1211 converteu-se num Mosteiro feminino por vontade de D. Teresa, filha do Rei D. Sancho I, e por invocação de Santa Maria. A doçaria conventual de Lorvão, inspirada e confecionada neste mesmo espaço, reflete toda a devoção e gentileza das suas freias que aqui se dedicaram a aperfeiçoar os sabores mais divinos. (Literalmente!)

Como um importante centro de devoção e conhecimento, que marcou o desenvolvimento e repovoamento de Penacova, foi submetido a grandes campanhas de reconstrução, principalmente nos séculos XVII e XVIII, responsáveis pela arquitetura e design encontrados na atualidade.

O seu conjunto visitável- portaria, igreja e claustro- convida a um percurso de contemplação e admiração, inspirado nos pensamentos e preces que ecoam das suas estruturas sólidas, e nos ornatos que revestem as suas paredes de delicadeza e espiritualidade.

No mais recente Centro Interpretativo, o passado ganha vida, assim como a arte em cada objeto exposto. Pinturas, tapeçarias, esculturas e peças litúrgicas formam um mosaico de homenagem a adorados santos, personagens eclesiásticas de renome e momentos das determinantes da história.

Como chegar?

Termas de Luso, Mealhada

A Água Mineral Natural de Luso é um recurso que tem a sua origem na chuva que é infiltrada na Serra do Bussaco. Após esta infiltração, a água percorre um circuito, estimando-se que atinja mais de 500 metros de profundidade, o que provoca o seu aquecimento.

Inicialmente, toda a água mineral era captada da Fonte Termal de Luso, servindo tanto para termalismo como para o engarrafamento. A criação de um furo de captação permitiu destinar exclusivamente a Fonte Termal ao termalismo.

Reconhecidas pela pureza e propriedades terapêuticas das suas águas, as Termas de Luso são um dos destinos termais mais procurados em Portugal com uma história consolidada na promoção do bem-estar e saúde.

Em 1726 já se noticiavam as virtudes das águas de Luso na cura de patologias cutâneas, intitulando o “Banho” como uma metodologia médica. Devido ao sucesso das prescrições, a sua afluência e notoriedade aumentaram consideravelmente, implicando um investimento nas suas condições de higiene e estruturas de receção, obras essas que se acabaram por realizar no século XIX com ajuda da coroa portuguesa.

O complexo das termas que nos chega à atualidade herda alguns dos traços originais, focando-se em oferecer serviços inovadores que respondem às novas necessidades.  Assim, as Termas de Luso colocam as dispor um Medical Spa que comporta 3 complementos: Termalismo Terapêutico; Spa Termal e Medical Center.

A verdade é a que a ação benéfica do Luso não se esgota nas virtudes das suas águas termais, também a beleza da Serra permite recuperar o equilíbrio entre o Corpo, a Mente e Alma.

Como chegar?

Núcleo Museológico da Irmânia, Raízes e Memórias, Mortágua

O Núcleo Museológico da Irmânia, na aldeia da Marmeleira, é um tributo à cultura mortaguense e um testemunho do empenho da comunidade local, que se mobilizou para preservar e partilhar um pouco das suas origens e história. Para recriar os usos e costumes de outrora, abrem-se a portas de várias divisões que dão a conhecer com detalhe e realismo como era o quotidiano rural, doméstico e comercial do final do século XIX e início do século XX.

O vasto espólio em exibição, generosamente doado pelos habitantes, permitiu recriar espaços emblemáticos como a Casa do Lavrador, uma habitação típica da época, e dois estabelecimentos históricos: a Loja Progresso e a Alfaiataria Lysiana. Além disso, destacam-se as salas Zé Pereiro e Basílio Lopes Pereira, que apresentam as artes, ofícios tradicionais e episódios marcantes da história da Marmeleira.

Uma jornada envolvente pelas memórias de um povo que, com humildade, cultivou a terra e ousou sonhar com liberdade e mudança.

Como chegar?

Sem pressas, dê tempo ao território para se apresentar.  

Experiências Mondego-Bussaco

3 experiências com assinatura ‘Mondego-Bussaco’ para conhecer e usufruir de um território único no Centro de Portugal.

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Natureza

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Gastronomia e Vinhos 

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