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A rotina parece ter encontrado o seu compasso, o trabalho segue a todo o vapor e os miúdos preparam-se para avaliações e trabalhos periódicos. Compromissos profissionais, atividades extracurriculares e obrigações domésticas são, agora, a constante de muitas famílias que veem o seu tempo partilhado desvanecer como segundos. 

No meio deste rebuliço, intitulado de quotidiano urbano, importa saber quando parar, importa saber quando está na hora de eternizar na memória os sorrisos daqueles que são mais próximos.  

O outono encontra-se no seu auge e, como bem se sabe, existirão poucos locais em Portugal com um semblante tão mágico, nesta altura do ano, como o de Mondego-Bussaco. Partilhamos, por isso, um roteiro de 2 dias repleto de atividades para toda a família. 

As malas estão prontas? Os petiscos embalados? A playlist escolhida?… Vamos a isso!  

Dia 1

Manhã em Mortágua

Sugere-se que o Parque Urbano das Nogueiras seja a primeira paragem deste fim de semana em família. Há que começar o dia a exercitar o corpo para que a mente receba as boas energias e, se há lugar que as guarda, é este!

Localizado no centro da vila de Mortágua, o parque urbano é o refúgio perfeito para miúdos e graúdos que, nos seus amplos relvados, circuitos de caminhada, equipamentos infantis e bancos de jardim, poderão desfrutar de inúmeros momentos de lazer e convívio, mas, também estar em comunhão com a natureza.

Se estiverem com tempo, e o relógio ainda não marcar a hora do almoço, existe um percurso ribeirinho de 2,3km que liga o Parque Urbano das Nogueiras ao Parque Verde da Ponte, uma forma dinâmica de conhecer outros exemplos da natureza do concelho e espécies que neles habitam.

Mas, se a vontade de petiscar já se fizer sentir, as mesas de piquenique do parque são uma excelente opção para as famílias que queiram trazer as suas saborosas e coloridas marmitas. É claro que este plano de almoço pressupõem a presença de bom tempo, contudo, caso essa não seja a realidade, existem outras opções.

A famosa Lampantana, confecionada exclusivamente no concelho de Mortágua, poderá ser encontrada na maior parte dos restaurantes locais que, com toda a hospitalidade, abrirão as suas portas para dar a conhecer esta iguaria à base de carne de ovelha. (Somos suspeitos, mas esta é uma verdadeira relíquia gastronómica portuguesa que deve ser acompanhada de um bom vinho do Dão, aventurem-se!) 

Se ainda não conhecem o típico Bolo de Cornos, que remonta a tradições ancestrais de celebração da Páscoa, apressem-se a levar um, ou mais, para a viagem. 

Uma vez que o roteiro definido para o resto do dia desenrolar-se-á em terras da Bairrada, em específico, no concelho da Mealhada, fará também sentido uma paragem, pelo caminho, para provar o seu famoso Leitão e Espumante. Crocante e suculento, o leitão é confecionado seguindo à risca a tradição, já o espumante fresco e versátil repousa na mão para se brindar em especial ocasião. (Novamente, somos suspeitos, mas esta combinação é uma verdadeira epopeia de sabores, impossível de resistir!) Não se esqueçam de guardar um espacinho para o delicioso “Morgado do Bussaco”, ícone da doçaria bairradina que terminará este almoço em grande. Antes de seguirem caminho, aproveitem para levar uma caixinha de “Caramujos” para o lanche, a tarde vai ser longa e bastante preenchida.

Uma vez que o roteiro definido para o resto do dia desenrolar-se-á em terras da Bairrada, em específico, no concelho da Mealhada, fará também sentido uma paragem, pelo caminho, para provar o seu famoso Leitão e Espumante. Crocante e suculento, o leitão é confecionado seguindo à risca a tradição, já o espumante fresco e versátil repousa na mão para se brindar em especial ocasião. (Novamente, somos suspeitos, mas esta combinação é uma verdadeira epopeia de sabores, impossível de resistir!) 

Não se esqueçam de guardar um espacinho para o delicioso “Morgado do Bussaco”, ícone da doçaria bairradina que terminará este almoço em grande. 

Antes de seguirem caminho, aproveitem para levar uma caixinha de “Caramujos” para o lanche, a tarde vai ser longa e bastante preenchida. 

Cientes de que a escolha não é fácil, guardaremos as restantes opções para outra altura, aconselhando que cada família adapte o roteiro ao seu gosto e ritmo. (Acreditem quando dizemos que a dificuldade não reside em encontrar, mas, sim, escolher). 

Tarde na Mealhada

Após um almoço que, certamente, fez jus ao nome da região, segue-se o novo ponto de visita, o Museu Militar dos Bussaco, situado na freguesia de Luso, concelho da Mealhada.

Inaugurado em 1910, pelo Rei D. Manuel II, o Museu Militar do Bussaco celebra o centenário da Batalha do Bussaco (27 de setembro de 1810), um dos momentos mais decisivos durante as Invasões Francesas. O Duque de Wellington, comandante das tropas anglo-lusas, posicionou o seu exército de forma estratégica, ao longo dos cumes da Serra do Bussaco, aproveitando a vantagem das alturas escarpadas. Aí preparou o confronto com exército napoleónico e, através de uma manobra engenhosa, infligiu uma das primeiras derrotas ao poderoso Império de Napoleão.

O museu oferece uma imersão única à história das Guerras Napoleónicas, reunindo uniformes, medalhas, cartas topográficas e até uma peça de artilharia usada durante a batalha. Uma verdadeira viagem no tempo que promete fascinar toda a família, especialmente, os mais novos.

A Capela de Nossa Senhora da Vitória ou das Almas do Encarnadouro é merecedora de atenção, estando situada mesmo ao lado do museu. Esta serviu de hospital de sangue na batalha do Bussaco, onde soldados Anglo-Lusos e Franceses foram tratados, indiscriminadamente, por frades Carmelitas.

A tarde ainda vai a meio, assim como a lista de curiosidades sobre este acontecimento histórico, aproveitem este tempo de sobra para conhecer a Mata do Bussaco e o humilde Convento de Santa Cruz, local de pernoita do General Arthur Wellesley, na noite de 27 de setembro de 1810, nos pós vitória contra o exército de Massena.

Dia 2

Manhã em Penacova

Já diz o velho ditado que “de manhã é que se começa o dia”, e este será passado em Penacova, a explorar um dos maiores núcleos molinológicos do país.

A 500 metros de altitude, o Miradouro da Portela de Oliveira dá os devidos bons dias às famílias mais aventureiras, desvendando uma vista privilegiada para as principais serras da Região Centro.

Apesar do entusiasmo ser grande devido à magnificência das serranias, a grande surpresa deste anfiteatro reside nos moinhos de vento que se conseguem avistar nas proximidades.

(Pais, preparem-se porque os mais novos vão correr em direção a estes gigantes de pedra.)

Primeiramente, recomenda-se uma visita ao Museu do Moinho Vitorino Nemésio, que também se situa ali ao lado, com o intuito enquadrar os visitantes sobre a história dos moinhos de vento e água do concelho, e as gentes que neles laboram durante décadas. O edifício onde o museu se encontra sediado, casa de férias do Eng.º Arantes de Oliveira, sofreu obras de remodelação que permitiram reunir e um vasto espólio ligado à temática e, assim, partilhar um espaço de homenagem e aprendizagem.

Vitorino Nemésio, escritor e Presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Moinhos, foi proprietário de três moinhos e uma mata no concelho, fontes de inspiração e inquietação na sua escrita. Em 1980, um dos seus moinhos, situado no Lugar da Portela de Oliveira, foi doado à autarquia.

O museu apresenta-se como o ponto de partida de uma visita que se estende num percurso pedonal exterior repleto de património natural e cultural. Ainda que não estejam em funcionamento, os moinhos são o ponto alto da visita (literalmente), sendo possível explorar o interior de um deles e compreender, de perto, o seu modo de funcionamento e estrutura.  

O tempo parece não ter passado neste lugar que assim se deixou ficar ao ritmo do vento.  Convidamos, por isso, toda a família a sentar-se na relva e repousar em silêncio, a paz e tranquilidade deste lugar irão invadir o espírito de qualquer um, até dos mais impacientes. 

A manhã foi longa, o despertar da mente e dos sentidos abriu, com certeza, o apetite. Não foi ao acaso que sugerimos este roteiro, Penacova é um verdadeiro baú gastronómico repleto de receitas únicas trazidas pelo passado de mãos calejadas e generosas.

A variedade é muita, mas também já estão a par desta realidade, tendo em conta as opções de ementa do dia anterior. Em Penacova, o Mondego faz chegar a Lampreia e os Peixes do Rio, já a terra, fértil e rica, o Arroz de Míscaros. Contudo, é a Chanfana que marca presença assídua e pontual nas mesas dos restaurantes locais, seguindo-se o Sarrabulho e o Cabrito. (Relembra-se que a época da Lampreia é entre janeiro e abril).

Demorem-se nas garfadas e nos convívios à mesa, aqui a gastronomia convida e conforta, como se de casa e família se tratasse. Bom apetite!

Ainda têm tempo?

Regresso

Aproveitem para fazerem uma última paragem em Lorvão. Não vão querer perder a oportunidade de saborear os famosos Pastéis de Lorvão e as deliciosas Nevadas. Uma doce despedida para animar o caminho de volta a casa!

Sem pressas, dê tempo ao território para se apresentar.  

Experiências Mondego-Bussaco

3 experiências com assinatura ‘Mondego-Bussaco’ para conhecer e usufruir de um território único no Centro de Portugal.

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